terça-feira, 29 de setembro de 2009

Avenida Paulista


Hoje, como estréia do blog, falarei um pouco sobre um dos maiores símbolos paulistas que existe: A Avenida Paulista.
É fato que a Av. Paulista é um dos lugares mais visitados pelos jovens paulistas atualmente. Mas eu pergunto a vocês: Quantos desses jovens realmente conhecem sua história? Com certeza vocês estão pensando agora “Papo furado, não faz diferença nenhuma saber ou não sua história”. BÉÉÉÉH! ERRADO! Nenhum futuro é construído sem o conhecimento do passado, e esse passado é fundamental para a construção da nossa tão falada cidadania.


 Avenida Paulista à noite.

A Av. Paulista é, além de símbolo, um dos lugares mais importantes de São Paulo. Além de ser um dos maiores centros financeiros e um dos pontos turísticos mais visitados da cidade, a av. é um pólo cultural e de entretenimento. Devido à grande quantidade de sedes de empresas, bancos, hotéis, Hospitais e instituições culturais, como o MASP, movimentam-se diariamente pela avenida Paulista milhares de pessoas oriundas de todas as regiões da cidade e de fora dela. Além disso,a avenida é um importante eixo viário da cidade ligando importantes avenidas como a Dr. Arnaldo, a Rebouças, a 9 de Julho, a Brigadeiro Luís Antônio, a 23 de Maio e a rua da Consolação.

A avenida foi criada no final do século XIX a partir do desejo de paulistas em expandir na cidade novas áreas residenciais que não estivessem localizadas imediatamente próximas às mais movimentadas centralidades do período, por essa época altamente valorizadas e totalmente ocupadas, tais como a Praça da República, o bairro de Higienópolis e os Campos Elísios. A avenida Paulista foi inaugurada no dia 8 de dezembro de 1891, por iniciativa do engenheiro Joaquim Eugênio de Lima, para abrigar paulistas que desejavam adquirir seu espaço na cidade.


Parece difícil de acreditar, não?


A avenida Paulista foi a primeira via pública asfaltada de São Paulo, em 1909, com material importado da Alemanha, uma novidade até na Europa e nos Estados Unidos.
Esse perfil estritamente residencial da avenida permaneceu até meados da década de 1950, quando o desenvolvimento econômico da cidade levava os novos empreendimentos comerciais e de serviços para regiões afastadas do seu centro histórico. Em pouco tempo, praticamente, todos os palacetes da avenida tinham sido vendidos e substituídos por pequenos prédios de escritórios e comércio.
Durante as décadas de 60 e 70, porém, e seguindo as diretrizes das novas legislações de uso e ocupação do solo, e a valorização dos imóveis incentivada pela especulação imobiliária, começaram a surgir naquele local os seus agora característicos "espigões" - edifícios de escritórios com 30 andares em média.
Durante esse período, a avenida passou por uma profunda reforma paisagística. Os leitos destinados aos veículos foram alargados e criaram-se os atuais calçadões, caracterizados por um desenho branco e preto formado por mosaico português. O projeto de redesenho da avenida ficou a cargo do escritório da arquiteta-paisagista Rosa Grena Kliass, enquanto o projeto do novo mobiliário urbano da avenida foi assinado pelo escritório Ludovico & Martino.


Essa foi uma história rápida e resumida sobre a grandiosidade da Avenida Paulista. Espero que com esse breve resumo seus conceitos e valores a respeito da nossa diversidade tenha mudado – para melhor, claro. E lembrem-se: Morar em São Paulo não o torna cidadão. É preciso saber e agir para tornar planos em ações.