Hoje, como estréia do blog, falarei um pouco sobre um dos maiores símbolos paulistas que existe: A Avenida Paulista.
É fato que a Av. Paulista é um dos lugares mais visitados pelos jovens paulistas atualmente. Mas eu pergunto a vocês: Quantos desses jovens realmente conhecem sua história? Com certeza vocês estão pensando agora “Papo furado, não faz diferença nenhuma saber ou não sua história”. BÉÉÉÉH! ERRADO! Nenhum futuro é construído sem o conhecimento do passado, e esse passado é fundamental para a construção da nossa tão falada cidadania.
Avenida Paulista à noite.
A Av. Paulista é, além de símbolo, um dos lugares mais importantes de São Paulo. Além de ser um dos maiores centros financeiros e um dos pontos turísticos mais visitados da cidade, a av. é um pólo cultural e de entretenimento. Devido à grande quantidade de sedes de empresas, bancos, hotéis, Hospitais e instituições culturais, como o MASP, movimentam-se diariamente pela avenida Paulista milhares de pessoas oriundas de todas as regiões da cidade e de fora dela. Além disso,a avenida é um importante eixo viário da cidade ligando importantes avenidas como a Dr. Arnaldo, a Rebouças, a 9 de Julho, a Brigadeiro Luís Antônio, a 23 de Maio e a rua da Consolação.
A avenida foi criada no final do século XIX a partir do desejo de paulistas em expandir na cidade novas áreas residenciais que não estivessem localizadas imediatamente próximas às mais movimentadas centralidades do período, por essa época altamente valorizadas e totalmente ocupadas, tais como a Praça da República, o bairro de Higienópolis e os Campos Elísios. A avenida Paulista foi inaugurada no dia 8 de dezembro de 1891, por iniciativa do engenheiro Joaquim Eugênio de Lima, para abrigar paulistas que desejavam adquirir seu espaço na cidade.
Parece difícil de acreditar, não?
Esse perfil estritamente residencial da avenida permaneceu até meados da década de 1950, quando o desenvolvimento econômico da cidade levava os novos empreendimentos comerciais e de serviços para regiões afastadas do seu centro histórico. Em pouco tempo, praticamente, todos os palacetes da avenida tinham sido vendidos e substituídos por pequenos prédios de escritórios e comércio.
Durante as décadas de 60 e 70, porém, e seguindo as diretrizes das novas legislações de uso e ocupação do solo, e a valorização dos imóveis incentivada pela especulação imobiliária, começaram a surgir naquele local os seus agora característicos "espigões" - edifícios de escritórios com 30 andares em média.
Durante esse período, a avenida passou por uma profunda reforma paisagística. Os leitos destinados aos veículos foram alargados e criaram-se os atuais calçadões, caracterizados por um desenho branco e preto formado por mosaico português. O projeto de redesenho da avenida ficou a cargo do escritório da arquiteta-paisagista Rosa Grena Kliass, enquanto o projeto do novo mobiliário urbano da avenida foi assinado pelo escritório Ludovico & Martino.
Essa foi uma história rápida e resumida sobre a grandiosidade da Avenida Paulista. Espero que com esse breve resumo seus conceitos e valores a respeito da nossa diversidade tenha mudado – para melhor, claro. E lembrem-se: Morar em São Paulo não o torna cidadão. É preciso saber e agir para tornar planos em ações.